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domingo, 30 de março de 2008

Rec


Achei um filme excelente pra quem gosta do gênero "Extermínio", "Resident Evil" (a história dos jogos, especificamente), "Madrugada dos Mortos" e cia. Na verdade, é muito maior a relação com o primeiro citado aqui. Na verdade, acho até que se trata de uma versão alternativa a "28 Days...";

[Rec] é um filme espanhol, feito no estilo 'Bruxa de Blair' de filmagem com a camera em movimento. Tudo para deixar um ar mais dramático e realista. Alias, realismo é pouco para o filme.

A história é simples e sem enrolação. Uma jornalista de um programa noturno, desses que ninguém assiste mas todo mundo conhece, resolve fazer uma reportagem especial acompanhando um caminhão dos bombeiros pelas ruas de Barcelona e uma chamada de rotina.

Quando chegam ao prédio da chamada, se deparam com estranhos fatos e relatos, até o momento em que se dão conta que são isolados pela vigilância sanitária local da cidade. Com o tempo, descobrem que na verdade, estão correndo grande risco pois o prédio está infectado com uma espécia de vírus da raiva (lembra de Extermínio?) que torna as pessoas agressivas e mortais umas as outras.

Não sei porque esse tipo de história fascina tanto cineastas europeus (e a mim, claro). Talvez algo muito parecido esteja prestes a acontecer. Sabe-se que guerras biológicas já não são parte da ficção científica, e com a atual conturbada relação política sob a qual vive o mundo, em breve não será raro se deparar com um insano sem consciência tentando te mutilar com os dentes por aí. Dizem que está prevista uma versão americana idêntica para esse filme, algo parecido com o que estão fazendo com os filmes de horror japoneses. Tomara que saia, quanto mais, melhor!


Outro fato legal é a forma de divulgação do filme. Ao contrários dos tradicionais trailers, está rolando um video com a reação da platéia quanto aos sustos durante a exibição. Segue o video nesse link:
http://www.youtube.com/watch?v=nfgZlMYj_NU

Filme pra baixar no Mulinha: [Rec] via eMule

Legendas no SubXtreme

Conta Comigo

Faz poucos dias, eu estava me preparando para ir dormir, quando liguei a TV já no fundo da madrugada. Sabe, coisa comum que se faz para dormir hoje em dia, programa o "sleep" para uns 30 minutos e se vira na cama até que o sono caia. Mas quando fiz isso, ao me virar, ouvi uma voz conhecida, de um dublador marcante. Não tive um exato reconhecimento na hora para com algum personagem, mas me lembrei que ao dizer "Conta Comigo" senti algo familiar.

A muitos anos assisti esse verdadeiro clássico do cinema dos anos 80. Quase sempre (na verdade, acho que sempre) na saudosa Sessão da Tarde, ao qual meus atuais horários de emprego e a programação já não ajudem mais a ser tão saudosos assim. Sim, era aquele filme que me marcara, e talvez tenha marcado toda uma geração.

Partindo do princípio dos créditos do filme hoje em dia, nota-se se tratar de uma obra prima. Nada como um (mais um) filme baseado no gênio(!) Stephen King. Tendo ainda no elenco, River Phoenix, Kiefer Sutherland e John Cusack seria sinônimo de mega-sucesso nos dias de hoje, mas eram apenas os atores consagrados em início de carreira.

O mais engraçado é que ao ver as opiniões sobre o filme no Orkut, todos praticamente batem na mesma tecla: 'amizade'. É claro, o filme é nada mais, nada menos que o ícone do que representa essa palavra. Mas ao nos depararmos com o criador da obra, Mr. King (não tem esse nome por acaso, hehe), sabe-se que é muito mais que isso. O filme não é só mais uma das tantas obras que enfocam os amigos tendo gestos bonitos uns com os outros.

Não, não seria Stephen King se assim o fizesse. O filme é uma retratação perfeita da vida. Ninguém é santo, ninguém é o diabo. Não são crianças ingênuas, não são adultos pragmáticos. São seres humanos ali. Até pelo filme ser emblemático com relação a amizade, não vemos esteriótipos de gestos maravilhosos entre os protagonistas. Vemos a amizade verdadeira, como acontece nas nossas vidas. Tirações de sarro, brigas, histórias, mentiras e verdades. Nada de crianças pequeninas e bonitinhas com atitudes adoráveis. São garotos, com suas virtudes e defeitos, todos expostos ali. Já com traços de amadurecimento, mas sem perder as inibições de crianças. Aliás, que obra conseguiria atrair tantas críticas positivas com a premissa de 4 garotos menores de 18 anos indo fugindo de casa e indo atrás de um corpo de um ser humano?

Outro ponto importante é o fato do filme não ser o velho clichê de sempre. Não há final feliz com todo mundo se dando bem na vida. O final é algo natural que acontece na nossa vida, momentos tristes da vida de um adulto com presságios da infância quase que como um tranquilizante. Acho que todo mundo faz isso, toma algumas horas pra pensar nos bons tempos de infância. "Bons" não só por momentos bons, mas por todos os momentos. Época em que se vivia de verdade. A vida sem grandes responsabilidades, sem objetivos inalcansáveis. Tudo ali, voltado pra você. São sempre os "bons e velhos tempos que não voltam mais". Nada é mais dopante que passar horas pensando em como a vida era alegre, convidativa, fácil. Diferente das dificuldades de possuir um emprego, demonstrar sua 'capacidade' a sociedade que tanto o expele.

Vale também o registro do filme mais marcante de River Phoenix, ator que faleceu muito jovem, mas que virou ícone de uma geração. Vale também as clássicas vozes da dublagem, marcantes. E vale cada segundo vivido passar duas horas na frente da TV pra ver esse clássico e tanto!



Baixar o Filme via eMule - 2 Áudios



Legenda

domingo, 16 de março de 2008

A Tempestade do Século


O filme de Stephen King é uma pequena obra prima, como praticamente tudo o que esse senhor faz, apesar de eu não gostar 100% de suas obras. Assisti pela primeira vez alguns anos atrás no SBT, como a grande maioria das pessoas (pelo que li no Orkut). Até por não se tratar de um filme comercial, apesar de bastante apelativo, seja que sentido for da palavra. Basicamente, envolve questões polêmicas como fé e religião (estando uma ligada a outra ou não). Só que esse não é o ponto alto do filme pra mim. Mas sim a descrença na humanidade, algo que a cada dia que passa, se torna mais real nesse século. Não por acaso, o filme feito no século passado, se mantêm tão atual. E claro, não por acaso, tem um título tão sugestivo. Aliás, isso é um caso à parte:

O fato de jogar o filme em meio a um caos climático de grandes proporções (no caso, a tal tempestade - e de inverno!) só causa uma melhor impressão. Nada como condições sub-humanas para fazer o ser humano se superar cada vez mais em suas relações fé/ciência/racionalidade. Parece que é quando a coisa aperta que elas ficam mais evidentes. É quando uma pessoa (ou todas as pessoas, como no filme) deixam de lado qualquer crença ou santidade e se lembra que no momento difícil, é hora de apelar pra seres supremos somente no pensamento e tomar decisões mais sérias e racionais para sobreviver. Algo parecido com pessoas que escaparam de grandes desastres, e que mesmo assim atribuem tal feito a divindades. Quer dizer que todos os outros eram ateus?

Não sei quão religioso é o sr. King, mas tenho certeza que pelo menos para discussão ele colocou tal fato no filme. A prova de que o pensamento coletivo é burro, quando praticamente não há opositores. É a velha história: "se a voz do povo é a voz de D***, eu vou com a outra". Praticamente tudo o que é popular é errado, até porque a humanidade tem em sua natureza a irracionalidade. Algo também envolto com fé e religião. E culpem-me (nos) por ser anti-qualquer coisa, acusem-me (nos) de ser adorador de que ser for (escrotice), mas só o fato de Andre Linoge vencer no final já dá uma bela idéia de como as coisas realmente são. Essa é a maior mensagem do filme: "vai na dos outros, e se dará mal, otário!"; Talvez até daí nasça todo o charme desse filme fantástico, o fato de não ser popular. Quanto menos popular, maior qualidade, maior racionalidade. E com neve ainda, fica perfeito! (hehehe)

[Geral] - O caso Roanoke

Em uma das primeiras tentativas de colonização do Novo Mundo, em 1587 uma colônia inglesa foi estabelecida na ilha da Roanoke, hoje parte da Carolina do Norte. Liderados por John White, eles passaram por muitas dificuldades e White foi obrigado a rumar de volta à Inglaterra em busca de suprimentos, deixando em Roanoke outros 113 colonos incluindo sua filha Eleanor, o esposo dela Ananias Dare e a filha deles, neta de White, Virgina.

Devido a diversos contratempos, John White só pôde voltar a Roanoke três anos depois. Ao aproximar-se da ilha, White pôde até mesmo ver fumaça no local onde esperava encontrar os colonos que havia deixado para trás. Como estava tarde, ele e seus companheiros resolveram esperar até o amanhecer para desembarcar.

Mas quando amanheceu e eles dispararam os canhões dos navios para avisar que a ajuda havia finalmente chegado, não houve resposta. Eles desembarcaram, mas não havia nenhum sinal de vida. White nunca encontrou sua filha ou neta, nem nenhum traço das 113 pessoas que deixou para trás. Tudo que encontrou em Roanoke foi uma inscrição em uma árvore com as letras CROATOAN.

Tudo isto realmente aconteceu e é parte bem conhecida e sólida da história americana. Agora, o que realmente aconteceu em Roanoke? Para onde foram os colonos? Será que foram abduzidos por extraterrestres? Será que alcançaram um novo nível vibratório-dimensional e como conseqüência acabaram sumindo? Será que descobriram o segredo do Universo e implodiram na malha quântica do continuum tetradimensional? Será que a conjunção numerológica de 113 colonos trabalhou contra eles e o bicho papão os pegou?

Stephen King aproveitou muito bem a intrigante história de Roanoke em alguns de seus livros. 'A Tempestade do Século', em particular, sugere ficcionalmente que todos os colonos foram levados por um ser demoníaco a se jogar no mar devido aos seus pecados. Diversos livros sobre o paranormal citam o caso de Roanoke ao lado do navio Marie Celeste e a IX Legião de Hispana como exemplos misteriosos em que inúmeras pessoas simplesmente sumiram sem deixar vestígios. O caso dos maias entretanto é o mais citado na ufologia e alcançou notoriedade recente devido ao best-seller 'A Profecia Celestina', mas isto é tema para outro texto em 'Ceticismo Aberto'.

O que torna o 'caso' de Roanoke intrigante é geralmente a omissão de informação. Até hoje ninguém sabe com certeza o que ocorreu com os colonos de Roanoke, mas o que sabemos sobre eles é suficiente para eliminar os mistérios mais perturbadores. Por exemplo, um aspecto aparentemente bizarro da história é a inscrição 'CROATOAN'. O que isso significa e por que os colonos teriam deixado essa, e apenas essa mensagem antes de sumir?

Alguns dizem que 'Croaton' seria um demônio antigo da mitologia indiana. Isso parece apoiar a teoria de que o bicho papão pegou todo mundo. No entanto, toda especulação em torno disto torna-se inútil quando trazemos à mesa duas informações omitidas até aqui:

1- Croatoan é o nome de uma ilha a sul de Roanoke;2- Antes de partir, John White combinou com os colonos que se eles tivessem de partir para algum outro lugar (devido à escassez de alimentos ou qualquer outro motivo), deveriam inscrever o nome deste lugar em uma árvore. Se a partida ocorresse em meio a algum perigo, deveriam inscrever uma cruz junto do nome do local de destino.

As coisas ficam bem diferentes quando sabemos desses pequenos detalhes, não? Ao se deparar com a inscrição 'Croatoan', John White presumiu que os colonos haviam ido para a ilha de Croatoan, e como não havia nenhuma cruz, que isso havia sido feito sem sinal de perigo. Ele estava se preparando para partir rumo a Croatoan em busca dos colonos, mas o destino que o impedira de voltar por três anos interferiu novamente. Houve uma forte ventania que danificou os navios, e navegar pela costa tornou-se muito perigoso. White foi forçado a voltar para a Inglaterra e nem ele nem nenhuma das diversas expedições posteriores jamais encontrariam o que se tornaria a 'Colônia Perdida'.

Parece que ainda há um ar de mistério aqui. Os colonos devem ter saído de Roanoke rumo a Croatoan, mas e depois? Por que nenhum sinal deles foi encontrado? Temos aqui outra omissão de informação. Com um pouco de pesquisa descobrimos que os índios Croatoan de fato afirmam que os colonos realmente chegaram e por lá ficaram. Como indício disto, mostram sinais dos colonos: há alguns traços físicos 'tipicamente brancos' entre eles e há mesmo alguns nomes ingleses entre eles. Segundo os índios, realmente há sinais dos colonos que deixados à própria sorte se mesclaram com eles e aparentemente 'sumiram'.

Fim do mistério? Bem, essa é apenas uma das explicações, e não é particularmente muito aceita. É difícil que pouco mais de cem colonos tenham tido um efeito tão grande nas tribos nativas. Todos os sinais que os índios apresentam podem muito bem ter sido adquiridos nos séculos posteriores à alegada integração dos colonos de Roanoke.

Nos últimos anos, surgiu uma teoria convincente sobre a 'Colônia Perdida'. Os colonos teriam partido rumo a Croatoan, e assim que lá chegaram, teriam se dividido em duas facções. A menor permaneceu em Croatoan e se mesclou com os índios nativos. A maior continuou rumando à Baía Cheaspeake. A facção maior sobreviveu até aproximadamente o século XVII, quando foi exterminada por um ataque, provavelmente de Powhatan, conhecido por ser o pai de Pocahontas. Powhatan teria feito isso porque temeria uma aliança entre os sobreviventes de Roanoke e os colonos de Jamestown, uma aliança que poderia mostrar-se forte demais para ser controlada. Ou seja, os colonos de Roanoke em parte se integraram em Croatoan e em outra parte sobreviveram até serem aniquilados em uma luta. Em ambos casos, nenhum traço mais evidente restaria.

Como dito, ninguém tem certeza sobre o destino da 'Colônia Perdida'. No entanto é só a omissão muitas vezes deliberada de informação que cria um mistério sobrenatural. Não apenas a colônia desapareceu, até hoje muitos somem com informações importantes que em conjunto tiram o tom sobrenatural do caso. Aliás, eu já disse que a colônia de Roanoke foi a segunda tentativa de colonizar a costa leste da América do Norte? A primeira fracassou, sendo que os colonos foram obrigados a voltar para a Inglaterra. Colonizar um continente não é tarefa fácil, e não precisamos pensar em um bicho-papão alienígena para explicar o desaparecimento de uma colônia.

fonte: http://www.ceticismoaberto.com/fortianismo/roanoke.htm