domingo, 16 de março de 2008

A Tempestade do Século


O filme de Stephen King é uma pequena obra prima, como praticamente tudo o que esse senhor faz, apesar de eu não gostar 100% de suas obras. Assisti pela primeira vez alguns anos atrás no SBT, como a grande maioria das pessoas (pelo que li no Orkut). Até por não se tratar de um filme comercial, apesar de bastante apelativo, seja que sentido for da palavra. Basicamente, envolve questões polêmicas como fé e religião (estando uma ligada a outra ou não). Só que esse não é o ponto alto do filme pra mim. Mas sim a descrença na humanidade, algo que a cada dia que passa, se torna mais real nesse século. Não por acaso, o filme feito no século passado, se mantêm tão atual. E claro, não por acaso, tem um título tão sugestivo. Aliás, isso é um caso à parte:

O fato de jogar o filme em meio a um caos climático de grandes proporções (no caso, a tal tempestade - e de inverno!) só causa uma melhor impressão. Nada como condições sub-humanas para fazer o ser humano se superar cada vez mais em suas relações fé/ciência/racionalidade. Parece que é quando a coisa aperta que elas ficam mais evidentes. É quando uma pessoa (ou todas as pessoas, como no filme) deixam de lado qualquer crença ou santidade e se lembra que no momento difícil, é hora de apelar pra seres supremos somente no pensamento e tomar decisões mais sérias e racionais para sobreviver. Algo parecido com pessoas que escaparam de grandes desastres, e que mesmo assim atribuem tal feito a divindades. Quer dizer que todos os outros eram ateus?

Não sei quão religioso é o sr. King, mas tenho certeza que pelo menos para discussão ele colocou tal fato no filme. A prova de que o pensamento coletivo é burro, quando praticamente não há opositores. É a velha história: "se a voz do povo é a voz de D***, eu vou com a outra". Praticamente tudo o que é popular é errado, até porque a humanidade tem em sua natureza a irracionalidade. Algo também envolto com fé e religião. E culpem-me (nos) por ser anti-qualquer coisa, acusem-me (nos) de ser adorador de que ser for (escrotice), mas só o fato de Andre Linoge vencer no final já dá uma bela idéia de como as coisas realmente são. Essa é a maior mensagem do filme: "vai na dos outros, e se dará mal, otário!"; Talvez até daí nasça todo o charme desse filme fantástico, o fato de não ser popular. Quanto menos popular, maior qualidade, maior racionalidade. E com neve ainda, fica perfeito! (hehehe)

2 comentários:

renilson disse...

como vc posta um filme cem o link para baixar o produto sifo so paver que eli eli postado não adinãodiantanada pois eu quero e poder baixalo

hchaves disse...

Não tenho certeza se você entendeu a mensagem do filme. Eu acho que não, desculpe se eu tiver enganado. Pra mim é justamente uma mensagem bem contrária da que você entendeu dando enfase a hipocrisia e ao medo. O povo por causa do medo deixa de lado a fé, crê no que veem e em nenhum momento confiam em Deus, porque Ele não se mostra presente no filme realmente. No final TODOS se ferram, os que "vão na idéia dos outros" (o povo) e o policial que não foi na idéia dos outros.