Deliver Us the Moon is probably the best space game ever made. No, I'm not overreacting.
The game could be described as a puzzle game of an astronaut simulator. But it's more than that. It's much more than that. It is a trully masterpiece by Koen and Paul Deetman, brothers from KeokeN Interactive (distributed by Wired Productions).
Rather, a context is needed. Every time a game is set in space (either on another Planet, Moon etc.), it seems mandatory that the game has no logic. The first of them is putting you against enemies "monsters" or evil "aliens", ready to exterminate you. Perhaps, still a pop influence from the movie Alien, by Ridley Scott. It's okay to have works that start from this principle, but... why practically all of them? Needless to mention all the illogicality of ultra technologically advanced enemies, with the possibility of space travel (often at the speed of light) dying with shotguns by our hands. Really?
Here's where "Deliver" starts to stand out. The game doesn't start from clichés, it doesn't go for the obvious so overwhelming of this kinda of game. It's unique, realistic, intimidating. Anyone who likes science, astronomy, space travel knows that it doesn't needed monsters or enemies to feel the risk of being out of Earth. A cruel and realistic space is scary and dangerous enough that a game doesn't have to go to the fantasy world to tell you a great story.
Each chapter tells part of the incredibly immersive story this game brings. A great script, with a lot of content to be explored and discovered, making you immersive and intrigued to discover more and more about what is happening.
Most part of time we are thrown into areas to solve puzzles, which are challenging enough not to make the player lose the game's rhythm. There are practically no enemies to kill you other than the difficulty of being on a space station on the Moon.
The soundtrack is another absolutely incredible part of this title, with wonderful arrangements that will make Interstellar fans teary-eyed.
The gameplay is simple but very good. There's plenty of room for improvement in the already-announced sequel. There is no big issues and still allows you to be delighted by the walks (and jumps) in the low lunar gravity.
This game is definitive proof that immersion has absolutely nothing to do with first or third person. The game's transition is excellent, considering that most of the game is played in third person. With the exception of VR, it's hard to know where this nonsense came from that immersion needs to be in first person but, if anyone had any doubts, "Deliver" shows what a game is to make you feel inside it.
The ending is intense and poetic, also referring a lot to the philosophical questions of another productions like Interstellar or The Martian.
I can't think of more compliments for one of the best experiences I've ever had in front of the TV (or the laptop screen, considering I played the PlayStation 5 and Steam versions in the sequel).
Simply epic. I can't wait going to Mars. Bravo!
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In Brazilian Portuguese:
Deliver Us the Moon é, provavelmente, o melhor jogo já feito sobre espaço. Não, não é um exagero.
O jogo poderia ser resumido a um puzzle game de um simulador de astronautas. Mas é mais que isso. É muito mais que isso. É uma pequena obra-prima de Koen e Paul Deetman, irmãos responsáveis pela KeokeN Interactive (distribuído pela Wired Productions).
Antes, é necessário um contexto. Toda vez que um jogo se passa no espaço (seja em outro planeta, lua etc), parece obrigatório o jogo não ter lógica. A primeira delas é colocar inimigos "monstros" ou "aliens" malvados, prontos pra te exterminar. Talvez, ainda muita influencia pop do filme Alien, de Ridley Scott. Tudo bem haver obras que partem desse princípio mas... por que praticamente todas? Não é preciso mensionar toda a falta de lógica de inimigos ultra avançados tecnologicamente, com possibilidade de viagens espaciais (muitas vezes na velocidade da luz) morrendo com shotguns pelas suas mãos.
Aqui é onde "Deliver" começa a se destacar. O jogo não parte de clichês, não vai para o óbvio tão massante do gênero. É único, realista, intimidador. Quem gosta de ciência, de astronomia, viagens espaciais, sabe que não são necessários monstros ou inimigos para sentir o risco que é estar fora da Terra. O espaço verdadeiro, realista, é amedrontador e perigoso o suficiente pra que um jogo não precisa ir para o mundo da fantasia pra ser bom.
Cada capítulo conta parte da história incrivelmente envolvente que esse jogo traz. Um ótimo roteiro, com bastante conteúdo pra ser explorado e descoberto, te fazendo ficar imersivo e intrigado em desvendar cada vez mais o que está acontecendo.
Praticamente toda hora nós somos jogados em áreas para resolver puzzles, que são desafiadores na medida certa para não fazer o jogador perder o ritmo. Praticamente não há inimigos para te matar que não seja a própria dificuldade que é estar em uma estação espacial na Lua.
A trilha sonora é outra parte absolutamente incrível dessa obra, com arranjos maravilhosos que vão fazer os fãs de Interestelar ficarem com os olhos marejados.
A jogabilidade é simples mas muito funcional. Tem bastante espaço para ser melhorada na já anunciada sequência. Não atrapalha em nada e ainda te permite se encantar com as caminhas (e saltos) na pouca gravidade lunar.
Esse jogo é a prova definitiva de que imersão não tem absolutamente nada a ver com primeira ou terceira pessoa. A transição do jogo é excelente, considerando que a maior parte do jogo é feita em terceira pessoa. Exceção feita ao VR, difícil saber de onde surgiu essa bobagem de que imersão precisa ser em primeira pessoa mas, se é que alguém tinha alguma dúvida, "Deliver" mostra o que é um jogo te fazer se sentir dentro dele.
O final é intenso e poético, também remetendo muito a questões filosóficas de obras como Interestelar ou Perdido em Marte.
Não consigo pensar em mais elogios a uma das melhores experiências que já tive em frente a TV (ou ao monitor, já que joguei as versões de PlayStation 5 e Steam na sequência).
Simplesmente épico. Não vejo a hora de ir para Marte. Bravo!